Soneto de Agosto

Tu me levaste, eu fui... Na treva, ousados Amamos, vagamente surpreendidos Pelo ardor com que estávamos unidos Nós que andávamos sempre separados. Espantei-me, confesso-te, dos brados Com que enchi teus patéticos ouvidos E achei rude o calor dos teus gemidos Eu que sempre os julgara desolados. Só assim arrancara a linha inútil Da tua eterna túnica inconsútil... E para a glória do teu ser mais franco Quisera que te vissem como eu via Depois, à luz da lâmpada macia O púbis negro sobre o corpo branco. Vinicius de Moraes

Os traidores

Por trás de seu sorriso
Muitos planos escondem-se
Vocês são todos uns tolos
Achando que podem esconder-se

Suas máscaras estão frouxas
Vocês foram descobertos
Por quem elegeu-os
Vós sois Judas

É mensalão, operação navalha,
CPMF que não acaba mais
Até quando o povo verá-se
Inundado por este festival
De falcatruas?

Agora o povo é quem vai
Representar um papel
Vestirá a máscara da vergonha
E sairá as ruas todo dia 2 de outubro
Pois este dia deveria ser considerado
Feriado sagrado

Quando Deus fez o mundo
Colocou ele uma moléstia em
Cada país
Quando chegou a vez do Brasil

Falou: - Lá colocarei os políticos

Marcio Jung

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