Soneto de Agosto

Tu me levaste, eu fui... Na treva, ousados Amamos, vagamente surpreendidos Pelo ardor com que estávamos unidos Nós que andávamos sempre separados. Espantei-me, confesso-te, dos brados Com que enchi teus patéticos ouvidos E achei rude o calor dos teus gemidos Eu que sempre os julgara desolados. Só assim arrancara a linha inútil Da tua eterna túnica inconsútil... E para a glória do teu ser mais franco Quisera que te vissem como eu via Depois, à luz da lâmpada macia O púbis negro sobre o corpo branco. Vinicius de Moraes

Jogo de bola

Imagem com texto da poesia jogo de bolo de Cecília Meireles. A bela bola  rola:  a bela bola do Raul.  Bola amarela,  a da Arabela.  A do Raul,  azul.  Rola a amarela  e pula a azul.  A bola é mole,  é mole e rola.  A bola é bela,  é bela e pula.  É bela, rola e pula,  é mole, amarela, azul.  A de Raul é de Arabela,  e a de Arabela é de Raul.

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